Concessionária investe cerca de R$ 3 milhões para recuperar encosta que deslizou antes da Concessão, cuja conclusão está prevista para este agosto
A EPR Litoral Pioneiro, que administra as rodovias entre Curitiba e o Litoral do Paraná, anuncia que entregará à sociedade a obra definitiva no km 40 da BR-277, sentido Paranaguá, na região da Serra do Mar, até o fim de agosto. Os trabalhos estão sendo realizados para recuperar a encosta que registrou um deslizamento no começo de 2024, antes do início da assinatura do Contrato de Concessão, bloqueando uma das faixas da rodovia. A empresa atuou em diferentes fases do projeto e agora entrega a solução definitiva naquele ponto da estrada.
A concessionária investiu aproximadamente R$ 3 milhões nesta obra. Antes de assumir o trecho de concessão, a equipe se deparou com o deslizamento e o foco inicial foi acompanhar os serviços realizados pelo DNIT. Posteriormente à assinatura do contrato, a EPR Litoral Pioneiro realizou serviços emergenciais com o objetivo de restabelecer a normalidade operacional da rodovia, permitindo a fluidez do tráfego no local. Esses serviços se concentraram principalmente na remoção de solo e de rochas que caíram sobre a pista. Paralelamente, foram realizados estudos para apontar a melhor solução de engenharia para a obra a ser executada.
“Identificamos que o fluxo de água superficial era uma das causas da instabilidade naquele local. Mediante isso, o projeto definitivo foi desenvolvido para organizar o sistema de drenagem superficial, além de implantar medidas que garantam a estabilidade da massa de solo e da rocha que ficou exposta pelo deslizamento original”, explica o diretor-presidente da EPR Litoral Pioneiro, Marcos Moreira.
Segundo o presidente, em um segundo momento, as equipes trabalharam com um projeto que utilizou várias soluções de engenharia, que permitem conferir segurança à superfície exposta contra novas ocorrências. “Não foi realizado apenas um tipo de intervenção, mas uma junção de estratégias, como o ordenamento das águas superficiais, a estabilização dos blocos de rocha aparentes e o grampeamento de algumas áreas com tela de aço e concreto projetado, para que a solução aplicada seja definitiva”, descreve.
Cuidados especiais
O fator complicador naquele ponto da rodovia é que a obra precisa ser executada em uma “meia encosta”, com acessibilidade bastante restrita. Devido à inclinação acentuada, beirando os 90 graus, o trabalho exigiu cuidados especiais de segurança, transporte e manuseio de equipamentos e materiais.
Durante o período de execução dos serviços, foi necessário manter o acostamento interditado e, por vezes, a faixa 01 da estrada, por medidas de segurança, principalmente nos dias de chuva. Nesse período, 20 profissionais atuaram nos serviços.
Para a estabilização definitiva da encosta, foram utilizados 100 metros cúbicos de concreto, o que corresponde a 20 caminhões betoneiras. Telas em metal foram inseridas em toda a região por meio de 100 grampos fixados nas rochas, para posteriormente serem cobertas com o concreto.
Para concentrar as futuras vazões das águas de chuva, foi construída uma escada em concreto de 60 metros de altura, que possui quase 100 degraus, e outros 43 metros de canaletas. “Desta forma, a água que antes jorrava ao redor da encosta agora seguirá para a canaleta e de lá para a galeria pluvial da rodovia, evitando a saturação do solo”, explica Moreira. Além disso, sete drenos foram espalhados pelo local a uma profundidade de 12 metros, como forma de captar água que eventualmente possa vir a infiltrar naquele ponto.
Também foram utilizados três tirantes em metal, cada um medindo 12 metros de comprimento, com capacidade de suportar até 60 toneladas. “É uma obra complexa tanto em sua execução quanto no projeto, bem como em geografia, pois fica em uma região de instabilidade climática. Contudo, estará entregue à sociedade até o fim de agosto”, finaliza o presidente da EPR Litoral Pioneiro, Marcos Moreira.
Essa é mais uma importante melhoria da EPR Litoral Pioneiro, dentro da segunda etapa dos trabalhos iniciais realizados pela concessionária, cuja previsão de duração vai até fevereiro de 2025. Os trabalhos incluem ainda a recuperação do pavimento nos 605 km de rodovias sob concessão, além de ações de roçada, limpeza de vegetação e melhorias na sinalização vertical e horizontal.